domingo, 14 de abril de 2013

Novamente iluminismo. Que saco!

Vocês pediram um reforço de última hora, pois este é para não esquecer, encontra-se na base da maioria das questões de vestibulares e do ENEM:

Lembrem-se de que tanto a Revolução Inglesa do século XVII como a Revolução Industrial do século XVIII foram conduzidas pela burguesia inglesa, e atentem para o objetivo desses movimentos revolucionários que era o de destruir as estruturas econômicas, sociais e políticas que sustentavam o Antigo Regime na Europa insular, tais como o direito divino dos reis, a política econômica mercantilista e o poder político da Igreja Católica. Fatores que devem também ser transpostos para o cenário da Revolução Francesa
A crise da instituição do Antigo Regime foi acompanhada por um conjunto de novas ideias filosóficas e econômicas que defendiam tanto a liberdade de pensamento, assim como a igualdade de todos os homens perante as leis. Abordaremos mais tarde as idéias econômicas que defendiam básicamente a prática da livre iniciativa.
Esse movimento cultural, político e filosófico que ocorreu entre 1680 e 1780, em toda a Europa (lembrem-se, da insular à continental), sobretudo na França, no século XVIII, ficou conhecido como Iluminismo, Ilustração ou Século das Luzes, de ordem racionalista não se esqueçam.
Os iluministas caracterizavam-se pela importância que davam à razão. Somente por meio desta, afirmavam ser possível compreender perfeitamente os fenômenos naturais e sociais. Essas ideias baseavam-se no racionalismo. Defendiam a democracia, o liberalismo econômico e a liberdade de culto e pensamento. Na verdade, o Iluminismo foi um processo longo do qual as transformações culturais iniciadas no Renascimento prosseguiram e se estenderam pelo século XVII e século XVIII.
Os ideais iluministas influenciaram também movimentos como a Independência dos Estados Unidos, a Inconfidência Mineira, sem nos esquecermos da “sagrada” Revolução Francesa.
Não custa nada reforçar que os ideais do Iluminismo iniciaram-se na Inglaterra, porém foi na França, que atingiu seu maior desenvolvimento, ou climax. Foi na França que viveram as maiores expressões do pensamento iluminista, como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot e D´Alembert.

Principais nomes do iluminismo:

John Locke (1632-1704): filósofo inglês, autor de Ensaio sobre o Entendimento Humano, rejeitou o conceito de idéias inatas. Afirmava que a experiência é a base de todo o conhecimento. Combateu o absolutismo, negando a origem divina dos reis e afirmando que o governo nasce de um entendimento entre governantes e governados.

Voltaire (1694-1778): François-Marie Arouet, escritor francês, crítico do absolutismo e dos privilégios da Igreja e da nobreza. Por suas críticas, foi preso duas vezes, deixando a França e exilando-se na Inglaterra. Atraído pelas idéias de John Locke, escreveu as Cartas Inglesas, nas quais exalta a liberdade de pensamento, de religião e às instituições inglesas, criticando indiretamente a França.

Montesquieu (1689-1755): Charles Louis de Secondant, barão de Montesquieu. Considerado o pai do liberalismo burguês foi jurista, filósofo e escritor. Em sua principal obra O Espírito das Leis, expôs sua teoria da divisão do poder político em Poder Legislativo – elabora e aprova as leis; Poder Executivo – executa as leis e administra o país; Poder Judiciário – fiscaliza o cumprimento das leis. Suas idéias influenciaram a organização de praticamente todos os governos pós-Revolução Francesa.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): filósofo francês, nascido na Suíça, foi o mais radical entre os iluministas. Ao contrário de Voltaire e Montesquieu, ele não foi porta-voz da burguesia e sim das camadas mais populares. Suas idéias contrariavam, por exemplo, um dos princípios centrais da sociedade burguesa - a propriedade privada. Segundo Rousseau, esta era a raiz da infelicidade humana, pois trazia consigo a desigualdade e a opressão do mais forte sobre o mais fraco. Suas principais obras foram: Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens e Contrato Social.
Democrata, defendeu a igualdade entre os homens; afirmava que o poder político emana do povo; exerceu grande influência na Revolução Francesa e na filosofia dos séculos posteriores.

Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond D´Alembert (1717-1783): Diderot organizou a Enciclopédia, auxiliado pelo matemático D´Alembert, onde foram reunidos todos os conhecimentos da época. Transformou-se, por isso, em veículo das idéias do Iluminismo. Proibida pelas autoridades, por criticar os poderes estabelecidos, a Enciclopédia circulou clandestinamente, sua elaboração, iniciada em 1751, foi concluída em 1772.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Um destaque muito especial para leituras



Este site (clique ) apresenta trechos do famoso livro de Hobsbawn, A Era das Revoluções, uma das mais importantes obras primas sobre o ciclo revolucionário burgues do século XVIII, um primor de pesquisa e exposição. Aproveitamos para indicar para os nossos alunos o primeiro capitulo que trata jusamente de ambientar o aluno quanto ao tempo das "transformações", principalmente o a decada de 1780, que é apresentado com intenso rigor de pesquisa.
O fato de ter sido um historiador marxista segundo criticas de inúmeros jornalistas, não elimina o fato de Eric Hobsbawn haver constituido uma importante galeria de avaliações históricas que devem ser consideradas obras primas para o ensino de história, cabe aqueles que o leram proceder às interpretações e julgar quais serão os que se aplicam as temáticas que devem ser consideradas sob estudo.
A leitura deste capitulo favorece aos alunos a aplicação dos conhecimentos recebidos em sala de aula sobre o Iluminismo, perspectivas e aplicação de seus ideais pela burguesia europeia e norte-americana.